A lombalgia se caracteriza por uma dor na parte inferior da coluna vertebral, onde fica a região lombar, e é comumente chamada de dor nas costas, dor na coluna ou dor na lombar.
Apesar dessa variedade de termos, é importante esclarecer que a lombalgia não se trata simplesmente de uma dor nas costas e exige um tratamento adequado por um ortopedista.
Nesse quadro, a dor é localizada na região mais baixa da coluna, a lombar, e pode se estender para os glúteos e as coxas. Por isso, é comum que o indivíduo passe a caminhar com o “corpo duro”.
Ao contrário do que se possa pensar, as dores na região lombar não se limitam às pessoas com idade mais avançada, mas podem acometer jovens e até crianças, sendo uma queixa frequente nos consultórios médicos.
Existem dois tipos de lombalgia, que variam de acordo com o tempo de duração:
- Aguda: os sintomas podem durar desde alguns dias até três meses;
- Crônica: os sintomas duram mais de três meses.
A forma mais comum é a lombalgia aguda, que ocorre normalmente devido a algum movimento errado, esforços repetitivos, excesso de peso, falta de condicionamento físico, pequenos traumas, erros posturais, e outros, que resultam em entorses e distensões na coluna.
Entretanto, a causa também pode estar ligada a uma osteoartrose, que consiste no desgaste da coluna e degeneração das articulações e discos vertebrais ao longo do tempo, ou por outras doenças inflamatórias, como a espondilite anquilosante, infecções, tumores, e etc.
A coluna vertebral conta com diversas estruturas, dentre ligamentos, tendões, músculos, ossos, articulações, e, portanto, existem várias causas possíveis para a dor. Ademais, há uma série de doenças sistêmicas não reumatológicas que podem provocar incômodos na lombar, o que também pode dificultar a conclusão de um diagnóstico preciso e definitivo.
Sintomas e Diagnóstico
A lombalgia consiste na dor localizada principalmente na região lombar, que pode irradiar para os glúteos e meio das coxas. Outros sintomas que os pacientes com esse quadro podem se queixar são:
- Dor nas costas que nem sempre melhora com o repouso;
- Dor que piora com o corpo inclinado para trás;
- Limitação dos movimentos dos quadris e pelve;
- Contrações musculares e maior tensão nos músculos das costas;
- Incômodo ao caminhar, permanecer sentado ou realizar movimentos simples;
- Sensação de queimação ou formigamento em alguma parte do corpo.
Além desses, podem existir outros sintomas associados à lombalgia crônica, como dificuldade para dormir, ansiedade e depressão.
O diagnóstico pode ser feito por meio de exame físico e avaliação do histórico do paciente no consultório.
O quadro se mostra evidente na maioria dos casos, com manifestação de dor, tensão ou desconforto nas costas e de intensidade variável, conforme a posição, movimentação e até de acordo com o período do dia.
Com o tempo, as dores lombares constantes podem provocar febre, arrepios, perda de peso, fraqueza nas pernas, incapacidade de segurar a urina e as fezes, dor abdominal, dentre outros sintomas que indicam a necessidade de buscar um médico de imediato.
O ortopedista poderá perguntar sobre possíveis doenças, traumas ou outras informações que possam ser úteis para traçar o diagnóstico.
Caso seja necessário, ele ainda pode solicitar alguns exames de imagem, como radiografia, ressonância e tomografia, sendo mais comum para os casos de lombalgia crônica.
Tratamento da lombalgia
O tipo de tratamento pode variar de acordo com a causa e a intensidade dos sintomas. Na maioria das situações, em que se trata de uma lombalgia aguda, normalmente é indicado um tratamento conservador, ou não cirúrgico, que pode consistir em:
- Medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio da dor e propiciar uma melhor reabilitação;
- Fisioterapia e alongamentos, com reforço muscular;
- Coletes ou ortóteses lombares, somente em alguns casos, com uso controlado;
- Repouso temporário.
Em algumas situações, o médico ainda pode recomendar intervenções minimamente invasivas ou outros procedimentos, como infiltrações, acupuntura, RPG, massagem terapêutica, quiropraxia ou radiofrequência.
É fundamental que o paciente aguarde a liberação do médico para complementar com qualquer tratamento caseiro ou alternativo.
O tratamento cirúrgico raramente é indicado nos casos de lombalgia, somente quando o paciente tem as suas habilidades funcionais comprometidas ou quando não se obtêm os resultados esperados com o tratamento conservador.
Como prevenir a lombalgia?
Ainda que não seja possível evitar completamente a lombalgia, existem algumas práticas que podem reduzir o impacto e a sobrecarga na coluna lombar:
- Reforço muscular postural e exercícios de alongamento (yoga, pilates);
- Controle do peso corporal;
- Se atentar à postura nas mais diversas situações (caminhando, sentado, ao se abaixar, ao se levantar da cama, ao pegar objetos);
- Evitar ficar na mesma posição (em pé ou sentado) por muito tempo, se movimentando de tempos em tempos;
- No escritório, evitar cadeiras que reclinem para trás. Sentar com as costas totalmente acomodadas no encosto e pés encostados no chão. A tela do computador deve ficar na altura dos olhos;
- Evitar colchões muito moles ou duros;
- Evitar fumar;
- Utilizar sapatos adequados.