Quando o marca-passo é recomendado?
No Brasil um dos maiores motivos que levam as pessoas a óbito são as doenças cardiovasculares.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta que 30% das causas das mortes são decorrentes deste tipo de doença.
Os números poderiam ser maiores não fosse a invenção de um aparelho que transformou a vida de pessoas com cardiopatias, o marca-passo.
Mas quando este procedimento é recomendado?
Acompanhe este conteúdo para saber mais sobre as indicações para o marca-passo!
O que é marca-passo?
Um marca-passo é um pequeno dispositivo colocado de forma cirúrgica próximo ao coração.
O aparelho auxilia na monitoração e controle do ritmo do batimento cardíaco em situações de arritmia.
Em caso quando o batimento cardíaco é muito lento, para evitar que o batimento cardíaco caia abaixo do normal, que oscila entre 60 e 100 batimentos por minuto em repouso.
Deste modo, evita que o coração tenha dificuldade em bombear sangue para o corpo, o que pode levar a sintomas potencialmente fatais, como fadiga excessiva ou dificuldade para respirar.
Há dois períodos de uso dos marca-passos:
- temporários: usados apenas para tratar doenças cardíacas por um período de tempo.
- permanentes: usados para tratar problemas de longo prazo, como doença do nó sinusal.
Como é o funcionamento
Há um monitoramento contínuo do coração pelo aparelho e identificação de batimentos cardíacos irregulares, lentos ou interrompidos.
Qualquer identificação equivocada faz com que o marca-passo envie estimulação elétrica ao coração e regulariza os batimentos cardíacos.
O marca-passo é composto por duas partes:
- O gerador que engloba a bateria e as informações que controlam os batimentos cardíacos;
- Os condutores, que se referem aos fios que conectam o coração ao gerador e comunicam os impulsos elétricos ao coração.
Há algumas ocasiões em que é necessário uso de marca-passo de tipo especial denominado, biventricular ou bicameral.
Este tipo especial indicado para pessoas com insuficiência cardíaca grave, por exemplo, contém três partes, as duas já mencionadas, mais um programador.
Este é um computador externo utilizado para ajustar as configurações do marcapasso.
Os marcapassos funcionam com baterias e têm uma vida útil média de 5 a 15 anos, mas em alguns casos sua duração é menor.
Quando a bateria acabar, ela deve ser substituída por uma pequena cirurgia local.
Vale ressaltar que as ciências médicas vêm conseguindo desenvolver novas tecnologias e aprimorando o marca-passo, como a produção do menor marca-passo do mundo e do marca-passo que dissolve quando não é mais necessário.
Qual a indicação do marca-passo?
O médico, responsável por recomendar esse procedimento é o cardiologista. Ele recomenda quando:
um paciente tem uma condição que causa bradicardia: que é uma queda na frequência cardíaca abaixo de 40 batimentos por minuto, incluindo:
- Doença do nó sinusal;
- Obstrução atrioventricular;
- Bloqueio bifascicular crônico;
- Síncope neurocardiogênica;
- Síndrome do seio carotídeo;
- Cardiomiopatia hipertrófica;
- Insuficiência cardíaca grave;
- Cardiopatia congênita.
Também, há indicação de marca-passo pelo cardiologistas em situação de detectar ou interromper a taquicardia após um infarto do miocárdio, transplante cardíaco ou para tratamento de alterações cardíacas causadas por overdose de drogas ou medicamentos.
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INFORMAÇÕES DO AUTOR:
Formou-se na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), onde fez sua residência em Ortopedia e Traumatologia. Também possui subespecialização em Cirurgia do Quadril pela mesma instituição.
CRM 117036
