Estruturas e anatomia do quadril
Entre as principais estruturas que fazem parte do quadril, estão:
- Cartilagem articular, que reveste ambos os ossos que fazem a junção (fêmur e o acetábulo), para que os movimentos ocorram normalmente, sem atrito.
- Músculos e Tendões, que são responsáveis pela estabilização e movimentação de toda articulação;
- Artérias e veias, que levam sangue e nutrientes;
- Cápsulo articular e ligamentos, que impedem movimentos excessivos e nocivos;
- Nervos, responsáveis pela sensibilidade e motricidade de todos os músculos associados.
Quando alguma dessas estruturas apresenta problema, ou não está bem, entra em cena o ortopedista de quadril. A realização de um diagnóstico correto e preciso, associado a um tratamento adequado são fundamentais para uma vida saudável e sem dor.
Principais manifestações clínicas do quadril
São muitas as condições que afetam o quadril. Elas podem ter origem em doenças congênitas e adquiridas ao longo do tempo, por má postura e má utilização, por exemplo.
Todas as manifestações vão depender da extensão do processo degenerativo e da atividade dos pacientes acometidos. Entre as principais, estão:
- Dor: É a mais comum. Aquela que aparece no início de qualquer movimento, após algum tempo de repouso ou quando se levanta da cama pela manhã. Ela pode, em alguns casos, ser classificada com dor lombar ou na coxa.
- Limitação funcional: Causa diminuição dos movimentos da estrutura, impedindo que o indivíduo realize certos movimentos. Conforme evolui pode, por exemplo, impossibilitar o paciente de cortar as próprias unhas ou secar os pés, além de calçar os sapatos.
- Rigidez articular:Está relacionada com a limitação funcional. Pode-se dizer que é a fase final, determinada pela destruição das cartilagens. Os sintomas passam a ser constantes, resistentes à medicação, chegando, em casos extremos, a comprometer até o sono do indivíduo.
- Claudicação: É a dor causada, após esforço físico. O paciente precisa, por diversas vezes, parar de caminhar para se recuperar da dor. Conforme ela aumenta, fica difícil caminhar sem apoio de uma bengala ou outro apoio.
Como é feito o diagnóstico das condições que afetam o quadril?
Podemos dividir os diagnósticos feitos para as condições que afetam o quadril, a partir de 3 etapas: o histórico clínico do paciente, o exame físico e os exames laboratoriais.Vamos entender melhor cada um deles.
O primeiro deles é histórico clínico, que começa a partir do início da consulta com o médico ortopedista. Nele, o indivíduo informa todas as suas características das dores, dificuldades de movimentação e instabilidades associadas à articulação do quadril. Além disso, deve informar a sua rotina e hábitos. Todas estas informações são de grande valia para a análise clínica como um todo.
O segundo é o exame físico. De acordo com as queixas e informações anteriormente passadas, o médico faz um cruzamento de informações, avaliando o grau de movimento, disfunção, força e estabilidade do quadril do paciente.
O terceiro, e não menos importante, inclui os exames laboratoriais. Eles são fundamentais para o diagnóstico de doenças degenerativas, infecciosas agudas e doenças inflamatórias crônicas.
A partir de todos esses dados, o médico dará o diagnóstico e indicará a melhor forma de tratamento.
Quais são as principais condições que afetam o quadril?
Antes de qualquer coisa, vale sempre salientar: a identificação e diagnóstico precoce das condições que afetam o quadril são fundamentais para preservar a qualidade de vida e bem estar do paciente.
Podemos dividir as condições que afetam o quadril em três grandes grupos. Elas são classificadas de acordo com o prejuízo que causam a articulação. São elas:
- Doenças;
- Distúrbios anatômicos funcionais;
- Traumas e dores.
Entre os traumas e dores, destacam-se: as dores gerais do quadril, a artrite pós-traumática e a ruptura do labrum. Os distúrbios anatômicos funcionais são representados pelas tendinites, a síndrome banda iliotibial, as displasias e as bursites. Por fim, as doenças incluem artrite crônica e sépticas, o impacto femoroacetabular, a necrose avascular e osteoartrite.
E o tratamento do quadril? Como funciona?
Existem diversos tipos de tratamento para o quadril. Basicamente, eles se dividem em tratamentos clínicos e cirúrgicos (com ou sem prótese).
Tratamentos clínicos
Os tratamentos clínicos são indicados em lesões diagnosticadas precocemente, que não precisam de cirurgia.Além disso, é interessante que o paciente adote algumas medidas para controle da condição. Elas incluem fisioterapia, redução de atividades físicas que geram muito impacto, e uso de analgésicos e anti-inflamatórios.
Tratamentos cirúrgicos sem prótese
A cirurgia começa a ser levada em conta quando há diagnóstico de desgaste precoce das cartilagens. Elas são realizadas com o intuito de diminuir o desgaste, e adiar ou extinguir a possibilidade de uso da prótese.
Vale salientar que nem todos os processos degenerativos do quadril precisam de prótese!
Tratamentos cirúrgicos com prótese
As próteses são indicadas quando há perda funcional, com razoável perda de qualidade de vida. De forma geral, ela inclui a substituição da articulação doente por uma prótese artificial, sob a mesma funcionalidade!
Dúvidas sobre quadril? Entre em contato com a equipe de especialistas da Clínica Daniachi!
